1ª FESTA LITERÁRIA DE CHAPECÓ

A literatura como levante contra a catástrofe

SOBRE

Surge no horizonte - dentre as chaminés da agroindústria e o ronco das motosserras - a 1ª Festa Literária de Chapecó: a literatura como levante contra a catástrofe. Uma maratona, dois dias intensos com mais de 30 convidades e 17 eventos para fomentar a fruição e o fazer artístico.

Salve a data: 10 e 11 de novembro de 2023, sexta-feira e sábado.

Anote o local: Centro Comercial Chapecó (R. Mal. Bormann, 82D, Centro, Chapecó).

Programação inteiramente gratuita, realizada por Humana Sebo e Livraria e apoiadores.

O espaço tem a capacidade de acolher entre 60 e 80 pessoas, chegue com antecedência e garanta seu lugar.

Mais informações: fone/WhatsApp 49 3316-4566.

APOIADORES

PROGRAMAÇÃO

10 de novembro de 2023, sexta-feira

13h Conversas cruzadas - Um incêndio que não se apaga (da memória): o centenário do dramaturgo Jorge Andrade, com Cassiano Mignoni e Inajá Neckel, mediação Ricardo Machado

14h Cineclube Humana especial: “Grossental”, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt

16h30 Conversas cruzadas: O fazer literário e das artes visuais contra o dragão do agropop: com Camila Caracelli e Mariana Berta, mediação Fernando Boppré

17h30 Debates urgentes: A leitura é capaz de deter o racismo?, com Lara Luisa, Taynara Silva (Jua) e Maicon Soterio; mediação de Marília Amorim

19h30 Abertura oficial da 1ª Festa Literária de Chapecó, com homenagem a Ilka Goldschmidt (artista homenageada)

20h Ligeireza da palavra: Carlos Henrique Schroeder e André Timm, mediação Fernando Boppré

21h30 Pocket show com Os Curiós


11 de novembro de 2023, sábado

13h Conversas cruzadas: Cultura e oralidade indígena, desafios da escrita, com Cláudia Battestin, Duko Vãgfy e Thalia Stefany Outeiro Campos, mediação Janaína Corá

14h30 1ª mateada sobre produção cultural: o interior é o centro, com Coletivo Inço (Audrian Cassanelli e Diana Chiodelli), mediação Fernando Boppré

14h30 Oficina de dança escrita, com Rubi Iara

16h Debates urgentes: Os cogumelos e a crise climática: formas de adiar o fim do mundo, com Diógenes Gluzezak e Marcelo Vidalis, mediação de Fernando Boppré

17h Lançamentos de livros e sessões de autógrafo

18h Leitura e lançamento de “Ninguém acendia as lâmpadas”, de Felisberto Hernandez, com Ricardo Machado e Thomas Vieira

18h30 Conversas cruzadas - A arte de contar histórias desde a lona do circo, com Josiane Geroldi e Manon Alves, mediação de Daiana Schvartz

19h30 Ligeireza da palavra: Ieda Magri e Ibriela Sevilla, mediação de Fernando Boppré

20h30 Pocket Desfile Plataforma Açu (Giba Duarte + Cigania + Maurício Sinski), com colaboração do Brechó Aversare e do Brechó Estradinhas

21h Festa de encerramento com DJ Cigania

MANIFESTO

Os livros estão por toda a parte. Dentro de você e ao seu redor. Eles sustentam a existência tal como a conhecemos. Enquanto você lê estas palavras, a medicina, as leis, a educação, as artes, a filosofia, as ciências e as religiões são praticadas com base em livros.

Registros históricos e geográficos, ideologias políticas e revoluções sociais, modelos astrológicos e astronômicos, o inconsciente e nossos sonhos são descritos em livros.

Para gritar você precisa de livros. A leitura pode fornecer a chave para a compreensão do mundo em que vivemos e a maneira como pensamos. A mesma chave é capaz de abrir o armário para a transformação social, de gênero e de posição perante às coisas.

Como diz Olga Tokarczuk, prêmio Nobel de Literatura, os livros “nos concedem um espaço maravilhoso para fazer nossas próprias suposições, buscar associações, pensar e interpretar”.

No entanto, a guerra cultural em curso quer desacreditar o conhecimento e atacar a principal ferramenta de difusão do saber: o livro.

O futuro catastrófico que inclui o colapso ambiental e climático que já vivemos foi alarmado com antecedência em livros. Para o levante pela preservação e sobrevivência, os livros são necessários.

A literatura é o florir deste imenso universo dos livros. Escritories transformaram o ato da escrita em uma arte. Por mais que a economia capitalista pregue o trabalho como prioridade da vida humana, não existe possibilidade de sobrevivência sem a arte.

Mesmo nos campos de concentração, como registrou Viktor Frankl, poemas eram escritos e esquetes teatrais encenadas. Se a dignidade, o alimento e a liberdade são negados à vida, a arte continua a brotar - como os fungos e cogumelos. Foram eles as primeiras formas de vida a ressurgirem após a hecatombe nuclear de Hiroshima e Nagasaki.

Escritories de literatura são como cogumelos: possuem em si uma rede cuja tendência é a produção de multiplicidades do porvir. As tramas de prosas e poesias cujo habitat são as bibliotecas, livrarias e nossas casas movimentam sentidos e produzem pensamentos que podem suscitar a mutação e a reabilitação de ambientes tóxicos.

Há muito o que se comemorar quando o assunto é perceber que - mesmo após a sabotagem da arte e da cultura, tanto pelo capitalismo quanto por regimes autoritários - escritories continuem a jorrar suas obras e imaginários em forma de livros. Assim como os cogumelos, a literatura pode ser vista como a estrutura radicular do micélio, sendo capaz de nutrir leitores, escritories e espaços. Por meio dos livros, a potência de avivamento é perpetuada.

A 1ª Festa Literária de Chapecó quer fazer pensar nisto por meio do encontro entre pessoas e livros, durante dois dias intensos de programação cultural formadora e festiva!

CONVIDADES

  • André Timm
  • Carlos Henrique Schroeder
  • Camila Caracelli
  • Cassiano Mignoni
  • Claudia Battestin
  • Coletivo Inço (Audrian Cassanelli e Diana Chiodelli)
  • Daiana Schvartz
  • Diógenes Gluzezak
  • Duko Vãgfy
  • DJ Cigania
  • Fernando Boppré
  • Ibriela Sevilla
  • Ieda Magri
  • Ilka Goldschmidt (artista homenageada)
  • Inajá Neckel
  • Janaína Corá
  • Josiane Geroldi
  • Lara Luísa
  • Maicon Sotério
  • Manon Alves
  • Marcelo Vidalis
  • Mariana Berta
  • Marília Amorim
  • Maurício Sinski
  • Os Curiós (banda)
  • Plataforma Açu (Giba Duarte)
  • Ricardo Machado
  • Rubi Iara
  • Taynara Silva
  • Thalia Stefany Outeiro Campos
  • Thomas Vieira

ORGANIZAÇÃO

Comissão organizadora

  • Cassiano Mignoni
  • Daiana Schvartz
  • Fernando Boppré (curador-geral)
  • Janaína Corá
  • Marília Amorim
  • Ricardo Machado

Equipe de produção

  • Ana Viegas (fotografia)
  • Camila Almeida (produção)
  • Carla Pamato Sampaio Alfredo (café)
  • Cassiano Mignoni (produção)
  • Marília Amorim (coordenação geral)
  • Maurício Sinski (produção)
  • Miguel Arcanjo Alfredo (café)